ABUSO DE TESTOSTERONA
De acordo com alguns estudos, até 30% dos frequentadores de academia fazem uso de testosterona e outros esteróides anabolizantes (EA). As principais razões para o uso abusivo de EA são o ganho de massa muscular, de energia, melhora da força e diminuição da massa magra. Muitos destes pacientes possuem a dismorfia muscular, um transtorno dismórfico corporal no qual o paciente apresenta preocupação excessiva com o corpo, associada a crença que nunca está musculoso o suficiente. Infelizmente, uma grande variedade de efeitos colaterais estão relacionados com níveis elevados de testosterona, como problemas hepáticos (até hepatite fulminante), cardiovasculares (que vão desde hipertensão até infarto e arritimia letais), efeitos colaterais neuropsiquiátricos (transtornos do humor, agressividade, distúrbio do sono, mania e depressão), disfunção sexual e infertilidade irreversível. Baseado nisso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu uma resolução em 2023, vetando terapia hormonal para fins estéticos e de desempenho esportivo, por inexistência de comprovação científica suficiente que sustente seu benefício e segurança do paciente. Dessa forma, é necessária uma avaliação de um profissional sério e especializado na área, como um urologista e endocrinologista, para avaliar se o paciente apresenta deficiência de testosterona, com necessidade de reposição hormonal.